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ISCA ou ESCA

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Boa tarde, teimosinhas! No último post, contei para vocês sobre os meus 5 ciclos de coito programado (CP). Somados aos 6 meses de tentativas naturais, completávamos 11 meses de luta. A cada mês, com a chegada do período, eu ia ao ginecologista para pegar uma nova requisição para ultrassonografia seriada. A conversa era sempre a mesma: ele perguntava se eu havia menstruado; eu respondia que sim; ele repetia todos os medicamentos que eu deveria tomar e os dias em que deveria fazer ultrassom; desejava-me boa sorte e nos despedíamos. Nos primeiros 3 meses de CP, eu saía do consultório cheia de esperança. Era o início de um novo ciclo, uma nova chance, e eu confiava que aquele seria o meu mês.  Mas confesso que, nos 2 últimos ciclos, estava bem desanimada. Eu sentia que estava somente "cumprindo tabela". Não queria ser acusada de ansiosa e precipitada, partindo para a FIV antes de completar os 5 ciclos de CP que o médico havia determinado. Mas, no fundo, já

Controle de ovulação e Coito Programado

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Boa tarde, teimosinhas! No mesmo dia em que levei o resultado da histerossalpingografia para o médico, ele já me receitou o indutor. Vou passar todos os dados do meu tratamento para vocês, mas, de antemão, já faço o alerta: não tomem sem orientação médica! Também levem em consideração que esse é um relato da MINHA experiência e que outras pessoas podem ter diferentes efeitos colaterais. O indutor que usei foi Serophene. O médico disse que ele deve ser iniciado entre o 2° e o 4° dia do ciclo (mas o ideal é já começar no 2°). Eram dois comprimidos ao dia - um pela manhã e um à noite - durante 5 dias. O dia da consulta coincidiu com o 4° dia do ciclo e o médico pediu que eu iniciasse a medicação imediatamente. Yes!!!  Também me entregou uma requisição para ultrassonografia seriada, para controle de ovulação, e sugeriu um radiologista especializado nesse tipo de exame. Por que acompanhar com ultrassonografia?  1) Porque  você pode ter uma Síndrome da Hisperestimul

Minha histerossalpingografia

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Bom dia, teimosinhas! Como contei no último post, após 6 meses de tentativas, procurei um médico especialista em fertilidade. Ele disse que era cedo para iniciar as investigações, mas não se opôs a adiantar o processo.  Gente, por que esperar 1 ano pra começar a INVESTIGAR? Por que submeter um casal a 12 meses de expectativas e frustrações, antes de verificar se tem reais chances de engravidar sozinho? Que mal há em fazer exames? Eu não estou falando de procedimentos muito invasivos, nem de exames mais dispendiosos, sem cobertura do plano de saúde! Mas há muitos problemas que podem ser identificados de maneira simples e barata, desde o primeiro momento. Há quem diga que essas investigações todas podem aumentar a ansiedade e atrapalhar a fertilidade. No meu caso, é o oposto. Eu me tranquilizo com essa postura proativa e fico nervosa quando me pedem para só esperar. Não gosto de me sentir incapaz de contribuir para a realização do meu próprio sonho. Mas essa sou eu. É

A primeira consulta com um especialista em fertilidade

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Boa tarde, teimosinhas! Continuando a narração da minha luta, depois de 6 meses de tentativas, namorando nos dias certinhos (comprovados pelos testes de ovulação, sobre os quais eu já falei no post anterior), e sem conseguir meu positivo, resolvi procurar um médico especialista em fertilidade. Meu esposo me acompanhou. Era a primeira vez que íamos a um médico juntos e eu me peguei feliz, pensando no futuro e nas muitas vezes que nós ainda iríamos sentar juntos, de mãos dadas, na sala de espera de um consultório, para consultas de pré-natal e ultrassonografias. Entramos. Eu, tagarela, relatei o nosso caso. Meu marido ficou caladinho, só assentindo com a cabeça. Levei os exames que eu já tinha feito, alguns meses antes, e o médico solicitou outros mais. Pediu ao meu marido que também fizesse espermograma e mais alguns exames laboratoriais simples.  É engraçado como nós, mulheres, demoramos para começar a investigar os parceiros. É como se presumíssemos que somos as culpadas pe

Testes de ovulação

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Bom dia, Teimosinhas!  Aconteceram umas surpresas esse mês passado (a melhor e a pior possíveis) e e eu acabei deixando o blog, que mal havia começado, de lado. Eu fico ansiosa, querendo pular o início e contar logo sobre os eventos mais recentes, mas, ao mesmo tempo, sei que tem um monte de gente que ainda está começando nessa caminhada rumo à maternidade e que pode ser beneficiada com esse meu relato mais detalhado. Então, vou tentar manter a ordem cronológica dos acontecimentos, conforme planejado. No post anterior, eu contei sobre os primeiros 3 meses de tentativas infrutíferas e sobre a minha decisão de comprar testes de ovulação, para ter maior precisão sobre os dias férteis. Como funciona o teste de ovulação?  Pouco antes de acontecer a ovulação, ocorre no nosso corpo um pico do hormônio LH. O teste ajuda a detectar esse pico e, por consequência, os melhores dias para namorar. O teste funciona da mesma maneira que os testes de gravidez: faz xix

O início das tentativas

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Estávamos casados há mais de 2 anos. Já havíamos viajado bastante  algumas vezes (viagem nunca é bastante), curtido o início da nossa vidinha de casal. Tínhamos comprado, projetado e ambientado o nosso apartamento, inclusive o quartinho para o futuro bebê. Eu já havia parado o anticoncepcional, poucos meses após o casamento. Mantivemos o preservativo, que era nosso método contraceptivo adicional. Isso significava que o meu organismo estava "desintoxicado" de qualquer hormônio. Todos os exames estavam em dia e já tínhamos o sinal verde da médica para começar as tentativas. Meu marido planejara uma viagem a Campos do Jordão, alguns meses antes. Meu período fértil coincidiria com a data. Era o momento perfeito: friozinho, vinho, lareira e romance. Mas, ao chegar lá, inexplicavelmente, comecei a ter um sangramento de escape, totalmente fora do período e sem explicação aparente. Era em pouca quantidade, mas constante, e a cor variava do marrom ao vermelho vivo. Não sei se a

Um pouco desta teimosinha que vos fala

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Estive lembrando de uma das primeiras vezes que visitei uma ginecologista. Eu devia ter uns 15 anos. Nem pensava em sexo, muito menos em filhos. Mas lembro que, ao olhar o resultado dos meus exames, a médica, com um jeito engraçado, meio desbocada, falou: “Minha filha, você vai ser como sua mãe: se cheirar uma cueca, vai engravidar!”. Guardei aquelas palavras na memória e perdi a conta de quantas vezes as repeti, orgulhosa. Vários anos depois, voltei a essa mesma ginecologista, para contar que tivera minha primeira relação sexual. Cheguei me sentindo muito responsável, madura e moderna, pronta para receber as orientações necessárias. A médica perguntou se eu fizera uso de contraceptivo. Esperta, respondi que sim, informando o nome do medicamento (injetável e de uso mensal) e a data da aplicação. Na sequência, perguntou se havíamos usado preservativo. Ante à minha negativa, balançou a cabeça, em sinal de reprovação. Explicou que o remédio deveria ter sido injetado em um dia especí