ISCA ou ESCA



Boa tarde, teimosinhas!

No último post, contei para vocês sobre os meus 5 ciclos de coito programado (CP). Somados aos 6 meses de tentativas naturais, completávamos 11 meses de luta.

A cada mês, com a chegada do período, eu ia ao ginecologista para pegar uma nova requisição para ultrassonografia seriada. A conversa era sempre a mesma: ele perguntava se eu havia menstruado; eu respondia que sim; ele repetia todos os medicamentos que eu deveria tomar e os dias em que deveria fazer ultrassom; desejava-me boa sorte e nos despedíamos.

Nos primeiros 3 meses de CP, eu saía do consultório cheia de esperança. Era o início de um novo ciclo, uma nova chance, e eu confiava que aquele seria o meu mês. 

Mas confesso que, nos 2 últimos ciclos, estava bem desanimada. Eu sentia que estava somente "cumprindo tabela". Não queria ser acusada de ansiosa e precipitada, partindo para a FIV antes de completar os 5 ciclos de CP que o médico havia determinado. Mas, no fundo, já não acreditava que fosse dar certo e só pedia a Deus para que o tempo passasse rápido.

Ao final do 5° CP, lá estava eu, novamente, no ginecologista. O médico já estava com o bloco de guias na mão, para requisitar a seriada, quando eu protestei: "Não, Doutor! O senhor disse que seriam 5 meses! Eu fiz os 5 meses!".

Ele olhou minha ficha e confirmou a informação. Em seguida, bateu o martelo: "Vocês têm ISCA (infertilidade sem causa aparente). Vocês agora vão para a FIV."    

ISCA ou ESCA

1) O que é Infertilidade Inexplicável ou Infertilidade Sem Causa Aparente (ISCA)?
R: É quando, após terem sido realizados todos os exames necessários para avaliar as possíveis causas da infertilidade do casal, não se consegue chegar a uma conclusão. Isto é, o casal não tem alterações orgânicas ou fisiológicas que justifiquem o motivo de não conseguir engravidar.
2) Esse diagnóstico é muito comum?
R: Cerca de 10 a 15% dos casais que procuram uma clínica especializada em reprodução humana têm esse diagnóstico. Ou melhor, não têm um diagnóstico do motivo pelo qual não conseguiram, até o momento, ter filhos.
3) Essa falta de diagnóstico é definitivo?
R: Não podemos esquecer que a ciência progride numa velocidade tão grande que o desconhecido de hoje será provavelmente esclarecido no futuro. O que hoje não tem explicação, amanhã, talvez, venha ser explicável e tratável. Essa falta de diagnóstico é o retrato do presente e não do futuro.
Depois de mais de uma dezena de consultas e quase 1 ano de exames, ouvir que não há diagnóstico para o seu caso é um pouco frustrante. Algumas pessoas se sentiriam reconfortadas por não ter sido encontrado nada de errado com elas. Eu, por outro lado, senti medo porque sabia que, não tendo sido identificado o problema, também não se teria a solução.

Mas a última frase do médico logo me fez esquecer esse medo e me encheu de esperança: "Vocês agora vão pra FIV". Eu vibrei. Sabia que iria realizar meu sonho! Só ouvia histórias de sucesso da FIV, e sempre em casos muito complicados. Falavam em FIV e eu, imediatamente, relacionava às atrizes de quase 50 anos, grávidas de gêmeos. Meu caso seria fichinha! 

Mas as coisas não são bem assim, e eu só fui descobri a realidade na minha primeira consulta com a médica da fertilização.   

Conto pra vocês no próximo post!

Beijos, teimosinhas!

Comentários

  1. Ola Tentante, nos conte o desfecho de sua história, você conseguiu realizar seu sonho?

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